As doenças cardiovasculares (DCVs) sempre foram a maior causa de morte no Brasil, entretanto, por meio de estudos recentes, foi descoberto que o câncer está se tornando a número 1. A pesquisa, intitulada Transição entre a predominância da mortalidade por câncer a doenças cardiovasculares, mostra que, em 15 estados, os números de morte por câncer subiram, enquanto em 25, os de DCVs caíram.
“Isso demonstra que as estratégias de prevenção e controle de doenças cardiovasculares estão funcionando. O que acaba nos preocupando é o envelhecimento populacional, já que 70% de todos os casos de câncer no mundo acontecem na terceira idade, segundo os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca)”, afirma a Dra. Lucíola Pontes, oncologista e líder médica do Centro de Cuidado em Oncologia e Hematologia do Hcor.
Ainda que a prevenção de DCVs e de câncer seja muito parecida e ambas compartilhem fatores de risco semelhantes, a segunda patologia é muito mais heterogênea, desenvolvendo-se e apresentando-se de forma diferente em cada indivíduo. “O câncer é, na verdade, um conjunto diverso de doenças e por isso seu tratamento é complexo e envolve uma combinação de modalidades, incluindo cirurgia, radioterapia, quimioterapia e outras terapias alvo.”
A Dra. Lucíola elenca abaixo os 5 tipos de câncer mais comum no Brasil e os fatores de risco para o desenvolvimento.
Câncer de pulmão: o tabaco é o maior responsável pela incidência de câncer de pulmão, incluindo o uso do cigarro eletrônico, que parece inofensivo, mas apresenta grande quantidade de nicotina, um grande vilão e tem relação direta com formação de células cancerígenas. Uma pessoa fumante tem 30% mais chances de desenvolver câncer de pulmão em comparação com um não fumante.
Câncer de mama: em geral, a doença acomete mulheres acima de 50 anos, especialmente após a menopausa. Outros fatores incluem a primeira menstruação antes dos 12 anos, uso de contraceptivos orais e terapia de reposição hormonal pós-menopausa sem acompanhamento médico, e primeira gravidez após os 30 anos ou nunca amamentar.
Câncer de próstata: a idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente a partir dos 60 anos. Porém, o histórico familiar de câncer de próstata e a obesidade também estão associados à maior incidência. Destaca-se, ainda, como fator de risco associado à doença a etnia.
Câncer colorretal: a diminuição dos fatores de risco está associada a mudanças de hábitos de vida, com destaque crescente para o aumento do consumo de álcool, mas pouco se fala sobre a importância da investigação genética. Conhecer a linhagem hereditária do paciente é crucial para um diagnóstico precoce e, consequentemente, a aplicação de abordagens terapêuticas de precisão, já que 20% de todos os cânceres colorretais são ligados a fatores genéticos.
Câncer de pele não melanoma: os cânceres de pele são causados, principalmente, pela exposição crônica à radiação ultravioleta emitida pelo sol, que tem efeito cumulativo na pele e vai provocando danos no DNA das células. Portanto, pessoas acima de 60 anos, que tomaram muito sol ao longo dos anos, têm um risco aumentado de desenvolver a doença.
“A principal maneira de prevenir o câncer é fazer os exames de rotina solicitados pelos médicos. A detecção precoce é o principal caminho para a cura. Além disso, investir em uma vida saudável ajuda a retardar o aparecimento e pode gerar um tratamento mais eficaz e com menos efeitos adversos”, pontua a oncologista do Hcor.
Sobre o Hcor
O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), o que proporciona que seu impacto em saúde esteja presente em todas as regiões do país.
Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria, que também conduz projetos gratuitos de saúde para população em situação de vulnerabilidade. Além do escopo médico-assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Conjuntamente, capacita milhares de profissionais anualmente por meio do Hcor Academy com seus cursos de pós-graduação, cursos de atualização e programas de residência e aprimoramento médico.
Crédito Hospital 9 de julho