Ministério do Turismo participa de grupo técnico que debate a geração de energia eólica produzida em alto-mar

Alinhado com as principais discussões climáticas no planeta, o Ministério do Turismo, por meio da Secretaria Nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimentos no Turismo, integra o grupo técnico de trabalho que debate o desenvolvimento da energia eólica offshore no Brasil, a que é gerada em parques eólicos instalados em alto-mar, onde as velocidades de vento são mais elevadas do que na terra. O MTur será responsável pela emissão de declarações de interferência prévia desses locais, assegurando a integração harmoniosa das novas instalações com as atividades turísticas desenvolvidas nas áreas costeiras do país.

Para garantir a atração de investimentos que gere empregos, renda e também contribua para a transição energética do Brasil, o Ministério do Turismo está colaborando com outras instituições públicas para o desenvolvimento do arcabouço legal e regulatório da atividade em território nacional.

“Temos nos debruçado na construção de políticas públicas que assegurem a preservação ambiental aliada ao desenvolvimento sustentável no turismo. Iremos receber o principal evento sobre mudanças climáticas do mundo, a COP 30, e precisamos estar à frente como exemplo para os países que irão nos visitar”, destacou o ministro do Turismo, Celso Sabino.

Paralelo ao trabalho do grupo técnico, o MTur também está empenhado no mapeamento de todas as atividades de interesse turístico na Amazônia Azul, garantindo que o desenvolvimento da energia eólica offshore ocorra de maneira sustentável e compatível com o potencial turístico da região costeira do país.

O GRUPO – Liderado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), a mobilização do grupo de trabalho envolvendo vários órgãos da administração federal, incluindo o Ministério do Turismo, será fundamental para alcançar um consenso sobre a eólica offshore, sincronizando as ações de cada instituição para construir um mapa do caminho para a aprovação do nosso marco legal.

Luis Andrés, líder do programa de Infraestrutura do Banco Mundial no Brasil, ressaltou a oportunidade única que o Brasil tem para expandir sua matriz energética de maneira sustentável. “O planejamento e desenvolvimento cuidadoso de projetos de energia eólica offshore colocarão o país na vanguarda da transição energética global”, afirmou Andrés.

POTENCIALIDADE – Em 16 de julho de 2024, o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou o estudo “Cenários para o Desenvolvimento de Eólica Offshore no Brasil”. Elaborado pelo Grupo Banco Mundial, em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a análise aponta que a energia dos ventos produzidas em alto-mar tem um potencial técnico superior a 1.200 gigawatts (GW), o que representa quatro vezes a capacidade instalada atual do país. No cenário mais ambicioso, essa fonte de energia pode gerar mais de 516 mil empregos até 2050 e trazer um valor agregado bruto de pelo menos R$ 900 bilhões para a economia brasileira.

O QUE É ENERGIA EÓLICA OFFSHORE? É a fonte de energia limpa e renovável que se obtém aproveitando a força do vento que sopra em alto-mar, onde este alcança uma velocidade maior e mais constante, devido à inexistência de barreiras. Para explorar ao máximo esse recurso, são desenvolvidas megaestruturas assentadas sobre o leito marinho e dotadas das últimas inovações técnicas.

Por Fábio Marques
Crédito: SNINFRA