Trump acredita que Ucrânia faz parte da Rússia, diz Fiona Hill

“Trump deixou bem claro que pensava que a Ucrânia, e certamente a Crimeia, devem fazer parte da Rússia”, afirmou Hill, diretora sênior para assuntos europeus e russos no Conselho de Segurança Nacional dos EUA entre 2017 e 2019.

Como presidente, Donald Trump “deixou muito claro” que pensava que a Ucrânia devesse “fazer parte da Rússia”, afirma a sua antiga conselheira Fiona Hill num novo livro sobre a segurança nacional dos EUA sob a ameaça da Rússia e da China.

“Trump deixou bem claro que pensava que a Ucrânia, e certamente a Crimeia, devem fazer parte da Rússia”, afirmou Hill, diretora sênior para assuntos europeus e russos no Conselho de Segurança Nacional dos EUA entre 2017 e 2019. “Ele realmente não conseguia entender a ideia de que a Ucrânia era um Estado independente.”, explicou ela.

Isto significa que a visão de Trump sobre a Ucrânia era “essencialmente idêntica” à de Vladimir Putin, o ditador russo que ordenou uma invasão da Ucrânia em Fevereiro de 2022, um ano depois de Trump ter deixado o cargo.

Antes de desencadear a invasão, Putin disse num discurso: “A Ucrânia é uma parte inalienável da nossa própria história, cultura e espaço espiritual.”

No mês passado, num discurso que marcou os 10 anos da anexação da Crimeia, Putin declarou que partes da Ucrânia ocupada faziam parte de uma “Nova Rússia”.

O livro Fiona Hill aparece com a guerra na Ucrânia entrando no seu terceiro ano, mas com 60 bilhões de dólares de nova ajuda militar dos EUA a Kiev bloqueados pelos republicanos de extrema-direita na Câmara dos EUA, agindo de acordo com os desejos de Trump, que tenta uma revanche eleitoral para retornar ao poder.

O presidente da Câmara, Mike Johnson, indicou que quer aprovar a ajuda à Ucrânia, mas enfrenta forte oposição. Biden condenou veementemente o controle dos republicanos. Biden e outras figuras importantes também condenaram as palavras de Trump em apoio a Putin, incluindo uma promessa de encorajar a Rússia a fazer o que quiserem com aliados da Otan que não disponibilizam recursos suficientes para Aliança.

Fonte: O Antagonista