“A Terra não pertence às pessoas; as pessoas pertencem à Terra”. É o que evidencia o professor, cientista e astrofísico, Marcelo Gleiser. Ele defende ainda que matematicamente o Planeta Terra é um dos raríssimos com vida abundante e belezas tão impressionantes de todo o universo e alerta que, sem uma nova conduta moral com a natureza, nossa espécie está completamente fadada ao desaparecimento.
Tal como diria Hemingway, “Devagar e, então, de repente” a Inteligência Artificial passou a dominar o debate público, sendo tema de palestras dos principais eventos de tecnologia e inovação, na academia e no meio corporativo.
A grande pergunta é: diante de um problema tão grave, urgente e tendente, como a IA vai nos ajudar a sair desse buraco?
Com a intensificação do uso de tecnologia associada à IA em nosso dia a dia, é preciso que buscadores e redes sociais, aqui expressamente trazendo responsabilidade para Google e Facebook, associem aos algoritmos a disponibilidade de informação sobre como as atividades de cada indivíduo contribuem para esse agravamento e estimulem o acesso à informação.
Verificação de dados
Uso de tecnologia para que sejam cada vez mais precisos e automatizados os dados sobre as atividades correlatas às emissões de CO2. Também é preciso trazer respostas imediatas para reduzir emissões, tornando mais eficientes os processos dentro das cidades e das empresas.
Diminuição das emissões de CO2
A inteligência artificial também precisa ser usada para otimizar o consumo energético, como, por exemplo, tem proposto o Google, com o programa Environmental Insights Explorer. A iniciativa sugere apoio às cidades para otimizar semáforos para que os carros sejam mais eficientes e emitam menos CO2.
Otimização na gestão de resíduos
É possível, ainda, usar a IA para:
Melhorar a identificação dos resíduos;
Permitir que haja uma coleta mais eficiente;
As unidades de separação também poderão usar a tecnologia para otimizar a separação dos materiais.
Reverter ou atenuar os efeitos da emergência climática, possibilitando, democraticamente e em larga escala, monitorar com maior agilidade que humanos as imagens de satélites que revelam potenciais ocorrências de inundações, deslizamentos e queimadas, para que populações possam ser retiradas das áreas de risco.
A humanidade tem sido boa em criar tecnologias e avanços científicos. Agora, nosso maior desafio é evoluirmos com nossas estruturas norteadoras de ética e moral para que possam usar nosso tempo, conhecimentos e capacidades para fazer o certo!
Vitoria Lopes Gomez/Olhar Digital
(Crédito: MST. Rowshonara Begum