A ex-presidente argentina Cristina Kirchner continuará internada em um hospital de Buenos Aires, sem data de retorno para sua residência, onde cumpre prisão domiciliar. Ela tem apresentado lenta recuperação de complicações derivadas de uma apendicite, segundo informou nesta sexta-feira (26) o Sanatório Otamendi, onde foi operada no último sábado (20).
– Informamos que a dra. Cristina Fernández de Kirchner continua sua evolução do quadro de apendicite aguda com peritonite localizada. A paciente apresenta íleo pós-operatório. Mantém-se com drenagem peritoneal e tratamento antibiótico endovenoso – detalhou o comunicado divulgado pela clínica.
O íleo é uma paralisia temporária do intestino, uma complicação pós-operatória comum, mas que, segundo o comunicado do Sanatório Otamendi, obriga a ex-presidente a manter uma dieta líquida, sem poder ingerir alimentos sólidos.
Cristina passou o Natal internada após ser diagnosticada por meio de uma tomografia computadorizada de abdômen. Segundo informou o centro médico, a ex-presidente permanecerá na instituição “até a resolução do quadro”.
Posteriormente, foi transferida no último sábado para o hospital por recomendação médica devido a uma forte dor abdominal, naquela que constituiu sua primeira saída desde o último mês de junho, quando começou a cumprir em seu domicílio uma condenação de seis anos de prisão.
A ex-governante, de 72 anos, foi internada e submetida a exames que concluíram que sofria de uma apendicite aguda com peritonite localizada, razão pela qual se decidiu pela intervenção cirúrgica. Para ser transferida à clínica a partir de seu domicílio no bairro de Constitución, onde cumpre a pena, foi necessária uma autorização judicial.
A condenação contra Cristina Kirchner tornou-se definitiva em 17 de junho deste ano, após a ratificação da sentença no caso conhecido como “Vialidad”, no qual foi declarada culpada de irregularidades na concessão de obras públicas na província de Santa Cruz durante seu governo e o de seu falecido marido, Néstor Kirchner.
Aos seis anos de prisão soma-se ainda a inabilitação perpétua para exercer cargos públicos.
Desde o último dia 6 de novembro, Cristina Kirchner enfrenta um novo julgamento – do qual participa virtualmente – pelo caso de corrupção conhecido como “Cadernos das Propinas”, na qual é acusada de liderar uma associação ilícita de 86 pessoas para arrecadar subornos de empresários em troca de contratos públicos entre 2003 e 2015.
Do Pleno.News com agência EFE
