Escândalo: Investigação contra o PCC termina sem condenações, sem prisões, sem nada

A maior investigação já realizada contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) terminou sem condenações: na última segunda-feira (2), a 2ª Vara Federal de Presidente Prudente (SP) declarou extinta a punibilidade de 175 réus, incluindo o líder máximo da facção, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, por prescrição da pretensão punitiva. Iniciado em 2013 a partir de milhares de interceptações telefônicas, apreensões de armas, drogas e documentos, o processo foi considerado o mais completo “raio-X” da estrutura hierárquica e financeira do PCC entre 2011 e 2013, mas arrastou-se por 12 anos sem chegar ao julgamento de mérito.

Com base no tempo decorrido e nas penas máximas previstas para os crimes de associação criminosa armada e tráfico de drogas, a juíza federal reconheceu a prescrição e determinou a absolvição sumária de todos os acusados. A decisão, divulgada nesta quarta-feira (10), gerou indignação nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a morosidade da Justiça em casos complexos de crime organizado. Marcola e vários outros réus permanecem presos, porém, em razão de condenações definitivas em outros processos, que já ultrapassam 240 anos de pena no caso do principal líder da facção.

Do Brasil 360 com informações do Metrópoles