A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro em sua residência, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A ação ocorreu por volta de 6h, segundo fontes iniciais, e Bolsonaro foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde está em uma sala reservada para autoridades de alta patente.
A prisão, em caráter preventivo, teria sido decretada para “garantir a ordem pública”, segundo as primeiras informações divulgadas. Importante destacar que não se trata ainda de cumprimento de pena, mas de uma medida cautelar, enquanto prossegue o processo contra ele.
Apesar de já ter sido condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado, a decisão ainda não transitou em julgado. Fontes afirmam que não cabem mais recursos da defesa no momento.
Nas semanas anteriores, a defesa de Bolsonaro havia solicitado ao ministro Alexandre de Moraes que ele fosse autorizado a permanecer em prisão domiciliar por motivos de saúde. Bolsonaro tem uma saúde fragilizada, atribuída, em parte, às complicações decorrentes da facada que sofreu durante a campanha presidencial de 2018.
A decisão de prendê-lo na residência, segundo juristas, marca uma escalada no caso: já em 17 de novembro, o STF publicou a ata que formaliza a rejeição dos primeiros recursos apresentados por Bolsonaro após sua condenação, o que pode facilitar uma ordem de prisão mais rígida — possivelmente em regime fechado — caso novos recursos sejam negados.
Além disso, Bolsonaro já está sob medidas cautelares antigas: ele está em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, proibido de usar redes sociais e com restrições de visitas, conforme decisão judicial.
A manutenção da prisão domiciliar foi negada em outubro de 2025 pelo ministro Moraes, que apontou risco de fuga e descumprimento de medidas cautelares como justificativa.
O caso gera forte repercussão política nacional e internacional – mais uma reviravolta no processo que envolve um ex-chefe de Estado condenado por tentativa de ruptura democrática.
Do Jornal PASSAPORTE com informações da Agência Brasil/Foto: Reprodução
