Prefeito de Belém entrega carta a Lula e cobra apoio climático

Em um ambiente marcado por negociações intensas e busca de compromissos concretos para enfrentar a crise climática na COP 30, com Belém no centro das discussões globais sobre sustentabilidade e governança ambiental, a preocupação agora é com a efetividade das políticas e a chegada delas aos territórios onde os impactos das mudanças climáticas são sentidos de forma direta.

Nesse cenário, o papel dos municípios ganha relevância estratégica nas articulações institucionais fundamentais e foi nesse contexto que o prefeito de Belém, Igor Normando, entregou a carta climática ao presidente Luís Inácio Lula da Silva, com as demandas e pautas prioritárias dos prefeitos e prefeitas de todo o país. O gestor municipal também estava na condição de presidente da Comissão de Cidades Amazônicas da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP).

O encontro ocorreu na última quarta-feira (19), durante uma agenda dedicada aos governos subnacionais, que reuniu prefeitos do Brasil e de outros países, além de governadores e representantes internacionais. O prefeito Igor Normando foi o responsável por entregar ao presidente Lula a carta nacional dos prefeitos, documento construído coletivamente com gestores municipais de todas as regiões do país em reuniões preparatórias iniciadas ainda em janeiro.

Segundo o prefeito de Belém, o texto reúne reivindicações e propostas dos municípios para fortalecer o enfrentamento às mudanças climáticas e ampliar a participação das cidades nos processos decisórios da COP. “Fui o emissário dessa carta para levar os anseios, os desafios e as vontades dos prefeitos e prefeitas de participarem desse debate, não como coadjuvantes, mas como atores principais”, enfatizou.

Durante a conversa com Lula, o prefeito de Belém destacou que os municípios precisam estar no centro das estratégias de implementação climática, já que são responsáveis pela execução direta das políticas públicas. “O que os municípios precisam, e o que estamos pedindo, é uma fonte de financiamento clara e permanente para ações de adaptação, preservação e resiliência climática. Somos nós que estamos na linha de frente”, reforçou.

Para Normando, a presença de lideranças municipais de diferentes partes do país reforça a necessidade de articulação integrada entre governos nacionais, estaduais e locais.

“O debate climático só terá impacto real se envolver todos os atores. Os chefes de Estado conduzem a discussão, mas é nos municípios e nos estados que a vida acontece”, frisou o prefeito.

Da Agência Belém