O Pentágono anunciou, na sexta-feira (24), o envio ao Mar do Caribe do porta-aviões USS Gerald Ford, de 337 metros por 78 de largura, o maior do mundo, em meio à tensão com a Venezuela pelos ataques militares contra lanchas carregadas com drogas. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, instruiu o envio do porta-aviões e de seu grupo de ataque à área de responsabilidade do Comando Sul dos Estados Unidos “em apoio à diretriz do presidente de desmantelar as organizações criminosas transnacionais”, explicou em um comunicado o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell.
Segundo o porta-voz, esse envio “reforçará a capacidade dos EUA de detectar, monitorar e desmantelar atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território americano”.
– Estas forças irão fortalecer e ampliar as capacidades existentes para desmantelar o narcotráfico e reduzir e desmantelar as organizações transnacionais -, acrescentou.
O Gerald Ford e seu grupo de ataque se unem deste modo ao contingente enviado desde o verão pelo Pentágono ao Caribe com o argumento de combater o narcotráfico, que inclui três navios de assalto e transporte anfíbio, aviões de combate F-35B, aviões de patrulha P-8 e drones MQ-9, que operam a partir de uma base em Porto Rico.
Durante as últimas semanas, o governo de Donald Trump destruiu uma dezena de embarcações em Caribe e Pacífico, matando várias pessoas, perto de Venezuela e Colômbia, o que disparou a tensão com esses países, que denunciam execuções extrajudiciais.
Nesta sexta, Hegseth anunciou que o Exército americano afundou outra lancha no Caribe que, segundo afirmou, era operada pelo grupo transnacional Tren de Aragua, e detalhou que no ataque teriam morrido seis pessoas, às quais qualificou de “narcoterroristas”.
A tensão é especialmente elevada com a Venezuela, já que Trump ordenou à CIA que realize operações secretas dentro desse país, enquanto o governo de Nicolás Maduro afirma que os Estados Unidos pretendem atacar em território venezuelano.
Do Pleno.News com Agência EFE
