Apito de 3 mil anos é encontrado no Egito

Um apito de 3.300 anos feito com um osso de dedo de vaca foi descoberto em Amarna, no Egito. O artefato foi o primeiro de seu tipo encontrado na região, e, apesar de ter sido localizado por arqueólogos em 2008, o apito só foi analisado recentemente. Os resultados foram publicados em um estudo no International Journal of Osteoarchaeology.

Entenda:

  • Um apito de 3.300 anos feito com um osso de dedo de vaca foi descoberto no Egito;
  • O artefato foi, possivelmente, usado por um vigia que monitorava trabalhadores responsáveis pela construção de uma tumba real na região;
  • O apito de osso tem um único furo e  “cabe confortavelmente na palma da mão”;
  • Este é o primeiro registro do tipo no Antigo Egito.

O objeto foi descoberto em uma região que abrigava trabalhadores responsáveis pela construção de uma tumba real, explicam os autores do estudo. Isso sugere que o apito de osso de vaca foi, possivelmente, usado por um vigia que monitorava os operários.

Apito de osso de vaca foi usado por “policial” no Antigo Egito

Michelle Langley, arqueóloga envolvida na pesquisa, disse à Live Science que o apito “muito modesto” tem um único furo e “cabe confortavelmente na palma da mão”. Ainda, a área em que o artefato foi encontrado “parece ter sido fortemente policiada para manter o local sagrado do túmulo conhecido e acessado apenas por aqueles que precisavam saber e ir até lá.”

Além disso, após criar uma réplica de um osso de dedo de vaca, a equipe descobriu que “o formato natural da extremidade do osso cria a superfície perfeita para apoiar o lábio inferior e permitir que você sopre através do buraco.”

Descoberta lança luz sobre lado pouco conhecido dos antigos egípcios

Langley conta que, na primeira vez em que viu o artefato milenar, lembrou-se dos antigos apitos esculpidos em osso na Europa durante a Idade da Pedra. Após descartarem outros possíveis usos para o objeto, os pesquisadores ficaram empolgados por registrarem o primeiro apito do Antigo Egito até então.

A arqueóloga destaca que sítios como Amarna são de extrema importância, lançando luz não apenas sobre a vida da realeza egípcia, “mas também das pessoas comuns, do dia a dia” – das quais ainda se sabe “relativamente pouco”.

Do Olhar Digital