Para promover a inserção de mulheres em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho, a Prefeitura de Belém realiza o programa “Mulheres Mil“, que oferta de cursos técnicos do Programa Nacional de Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em diferentes pontos da cidade, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda (Semte), em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet).
Os cursos de qualificação profissional são gratuitos, em diversas áreas e seguem até outubro, com turmas nos cursos de recepcionista, camareira, inglês para atendimento turístico e assistente administrativo. As aulas ocorrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, e ao final do programa, as participantes recebem certificado de conclusão com carga horária de 190 horas.
Segundo Raquel Sampaio, coordenadora do setor de qualificação profissional da Semte, o projeto é voltado especialmente para mulheres moradoras da periferia, em situação de vulnerabilidade social, que não têm acesso a oportunidades de formação. “A Semte está pensando também na COP-30, aonde o mercado está aquecido, e é uma iniciativa nossa para que essas mulheres possam ser absorvidas pelo mercado de trabalho e ter a sua renda e autonomia”, diz.
Cada turma conta com cerca de 30 mulheres, a maioria delas atualmente fora do mercado de trabalho. Os cursos acontecem simultaneamente em diferentes pontos da cidade, e cada participante pôde escolher a formação de acordo com interesse próprio.
Qualificação para transformar vidas
Moradora do bairro do Telégrafo, Marlen Costa, de 28 anos, nunca teve uma experiência profissional formal e viu no curso de recepcionista a chance de iniciar carreira. “Me identifico com essa área, mas sabia que precisava de qualificação. Estou adorando o curso, estou aprendendo a me comunicar melhor, perdendo a timidez. Sei que falar bem é essencial para essa profissão”, compartilha.
Ilka Pampolha, instrutora do curso de recepcionista pelo Pronatec, explica que as aulas são divididas entre teoria e prática, com foco no desenvolvimento de habilidades essenciais. “O curso de recepcionista, assim como os outros ofertados dentro do projeto ‘Mulheres Mil’, é voltado para mulheres em situação de vulnerabilidade social, de baixa renda. Então essas mulheres já têm uma deficiência na questão da qualificação”, diz a instrutora.
Quem também escolheu o curso de recepcionista foi Michelly da Conceição, de 29 anos, moradora do bairro do Coqueiro. Fora do mercado de trabalho há dois anos, ela decidiu se qualificar para buscar melhores oportunidades. “Já trabalhei como recepcionista, mas nunca com carteira assinada. Com esse curso, quero me aperfeiçoar e conquistar um emprego mais estável”, contou.
Oportunizar emprego e renda para mulheres
De acordo com a coordenadora, Raquel Sampaio, a Semte possui um banco de dados de empresas privadas que estão entrando em contato com a Secretaria para solicitar os currículos das mulheres que participaram das qualificações, como hotéis, restaurantes, locais que precisam de pessoas que falem inglês, entre outros.
“A iniciativa visa de fato inseri-las no mercado de trabalho. Ao final dos cursos, elas vão enviar o currículo para a Secretaria e vamos encaminhá-los para as empresas e monitorar se elas conseguiram os empregos”, explica Sampaio.
MULHERES MIL
O Programa Mulheres Mil é um projeto desenvolvido pelo Governo Federal para elevar a escolaridade e promover a inclusão socioprodutiva de mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica por meio da oferta de cursos de qualificação profissional. Em Belém, ele ocorre por meio da parceria entre a Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda (Semte) e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet).
Da Agência Belém