Corpo de Juliana Marins aguarda repatriação, após autópsia

O corpo da publicitária Juliana Marins foi içado na manhã da quarta-feira, confirma Muhammad Syafi’i, chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas) da Indonésia. A carioca foi encontrada morta nesta terça-feira no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, após cair em uma ribanceira e permanecer presa a cerca de 600 metros da trilha. Na encosta considerada de difícil acesso, a jovem permaneceu quase quatro dias sem água, comida ou abrigo. A expectativa agora é que, após a autópsia realizada no Hospital Bhayangkara, o corpo da brasileira seja trazido de volta ao país. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por meio da embaixada em Jacarta, capital do país asiático, informa que presta assistência consular aos familiares.

Alexandre Pato, ídolo do futebol brasileiro, já aposentado, se disponibilizou a custear as despesas para que o corpo da jovem seja repatriado ao Brasil, o que vai ajudar a família enlutada.

O Itamaraty acrescenta que, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as Embaixadas e Consulados podem prestar orientações aos familiares, além de apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos necessários para o traslado do corpo ao Brasil. Os custos costumam ser de responsabilidade total da família. Isto porque, a legislação brasileira proíbe que o traslado de restos mortais de brasileiros falecidos no exterior seja custeado com recursos públicos.

Veja abaixo a lista de documentos necessários para o traslado:

  • Original Certidão de Óbito (Death Certificate);
  • Certificado de traslado do corpo (Transit Permit);
  • Certificado de Embalsamento (Certificate of Embalming);
  • Atestado sanitário de doença não-contagiosa (non-contagious disease)

Com toda a documentação em mãos, o consulado brasileiro poderá emitir uma autorização de traslado, que deverá ser entregue no embarque e na chegada ao país. Mas vale destacar que, como o transporte do corpo é feito, geralmente, por via aérea e como carga especial, é necessário contratar uma funerária local para cuidar do envio até o aeroporto. Em solo brasileiro, outra funerária poderá assumir os trâmites.

Ao chegar no Brasil, o corpo deverá ser inspecionado pela vigilância sanitária do aeroporto, que também conferirá os documentos antes da liberação final.

O atendimento prestado pelo estado brasileiro é feito a partir do contato do cidadão interessado em realizar o traslado.

Do Extra/Globo