Uma possível paralisação de pilotos e comissários de bordo brasileiros, prevista para ter início na próxima segunda-feira, dia 29, acende o sinal de alerta no setor aéreo nacional e pode provocar atrasos, cancelamentos de voos e transtornos para milhares de passageiros em todo o país. A mobilização, articulada por entidades representativas da categoria, ocorre em meio a um impasse nas negociações trabalhistas com as companhias aéreas. Entre os principais pontos de insatisfação estão questões salariais, condições de trabalho, escalas de voo, jornada excessiva e a defasagem nos reajustes frente à inflação acumulada nos últimos anos.
De acordo com lideranças sindicais, a paralisação ainda é tratada como uma medida extrema, mas ganhou força após a falta de avanços concretos nas rodadas de negociação. A categoria reivindica propostas mais consistentes por parte das empresas, que enfrentam, por sua vez, dificuldades financeiras decorrentes do aumento dos custos operacionais e da instabilidade do setor aéreo.
Caso a paralisação seja confirmada, o impacto deve ser sentido principalmente nos grandes aeroportos do país, como Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Galeão (RJ), Brasília (DF) e Confins (MG). Voos domésticos e internacionais podem sofrer alterações, especialmente nos horários de pico.
As companhias aéreas acompanham o cenário com preocupação e afirmam estar adotando planos de contingência para reduzir os prejuízos aos passageiros. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também monitora a situação e reforça que, em caso de atrasos ou cancelamentos, os consumidores têm direito à informação, assistência material e reacomodação, conforme prevê a legislação vigente.
Enquanto isso, passageiros que têm viagens programadas para os próximos dias são orientados a acompanhar os comunicados das companhias aéreas, manter seus contatos atualizados e, sempre que possível, buscar informações antecipadas sobre seus voos.
Até o fechamento desta reportagem, novas rodadas de negociação não estavam descartadas, mantendo a expectativa de que um acordo de última hora possa evitar a paralisação e garantir a normalidade das operações aéreas no país.
Do Jornal PASSAPORTE/Foto: Reprodução
