Venezuela diz que EUA querem iniciar guerra na América Latina

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, alegou na sexta-feira (12) que os Estados Unidos “querem” e “pretendem” fazer “uma guerra na América Latina e no Caribe”, em um momento de tensão devido ao envio de aeronaves e navios americanos, encarado pelo governo de Nicolás Maduro como uma “ameaça” para promover uma mudança de regime no país sul-americano.

– O povo dos EUA deve entender que seu governo é um instrumento para a guerra. (…) Pretende-se fazer uma guerra na América Latina e no Caribe – afirmou Padrino López, durante evento para comemorar o 47º aniversário do comando de defesa aeroespacial integral, transmitido pela rede de televisão estatal VTV.

Ele afirmou que os EUA pretendem “novamente devolver em sacos, em sacolas pretas e em caixões cidadãos contribuintes, jovens da sociedade americana”.

O ministro disse que a Venezuela continua “clamando pela paz”, embora tenha ressaltado que o país permanece “em pé” e em “rebeldia” contra o que considera uma “ação nefasta do imperialismo americano”.

– O povo dos EUA deve ouvir o clamor pela paz, pela sensatez, pela necessidade de resolver os conflitos por meio do diálogo, da política e não da guerra – defendeu.

O governo dos EUA, que não reconhece a legitimidade de Maduro na Venezuela e o acusa de liderar o Cartel dos Sóis – um suposto grupo ligado ao narcotráfico -, tem mantido desde meados do ano uma presença militar no mar do Caribe com o argumento de combater o tráfico de drogas, mas que Maduro interpreta como uma tentativa de tirá-lo do poder.

A Venezuela está há meses em permanente mobilização militar em todo o seu território em resposta ao que denuncia como uma “ameaça” de invasão dos EUA, em referência ao envio de aeronaves e navios, o maior da história do país desde a primeira Guerra do Golfo (1990-1991), segundo um estudo de especialistas do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).

Do Pleno.News com agência EFE