Homens armados sequestraram ontem, 18, 25 estudantes da Government Girls Comprehensive Secondary School, em Maga, no estado de Kebbi, na Nigéria. O ataque ocorreu por volta das 4h da manhã, e entre as vítimas havia meninas cristãs, segundo informações da Portas Abertas.
A polícia informou que “um grupo de bandidos invadiu a escola, disparando aleatoriamente com armas sofisticadas”. As equipes táticas reagiram, mas os criminosos já haviam escalado o muro e fugido com as estudantes.
As forças de segurança confirmaram que os atacantes mataram o professor Malam Hassan Makuku, que, segundo a imprensa local, atuava como vice-diretor da escola, enquanto outro professor, Ali Shehu, ficou ferido por dois atacantes.
Fontes locais da Portas Abertas afirmam que ainda não há um número definido de meninas cristãs entre as sequestradas. Elas foram levadas para áreas de vegetação próximas, e até agora os sequestradores não fizeram contato com pais ou funcionários da escola. O motivo do ataque também é desconhecido.
Famílias cristãs seguem se organizando para confirmar se suas filhas estão seguras ou entre as vítimas. Números preliminares indicam que a quantidade de meninas cristãs levadas pode ser maior do que a divulgada pela imprensa.
Tanto veículos locais quanto fontes da Portas Abertas relatam que os sequestros têm se intensificado no noroeste da Nigéria. Os raptos se tornaram um negócio lucrativo e ajudam a enfraquecer comunidades, que ficam mais vulneráveis a ataques e conversões forçadas. Cristãos também costumam enfrentar pedidos de resgate maiores, levando famílias a vender terras e bens.
Sequestro de 2014 ainda tem meninas desaparecidas
O dia 14 de abril de 2014 marcou um dos maiores sequestros em massa da história da Nigéria. Na ocasião, 275 meninas foram levadas da escola secundária GGCSS, em Chibok, após uma ação do Boko Haram.
Os extremistas fingiram ser agentes do governo, colocaram as estudantes — de 14 a 19 anos — em caminhões, incendiaram a escola e fugiram para a floresta de Sambisa.
Logo após o sequestro, 47 meninas conseguiram escapar pulando dos caminhões. Outras foram libertadas ao longo dos anos, mas 93 seguem desaparecidas mesmo após uma década.
A campanha Desperta África segue mobilizando apoio e oração pela região e por outras áreas da África Subsaariana. Enquanto isso, famílias continuam em busca de respostas sobre as jovens, hoje adultas, que cresceram em cativeiro.
Yakubu Nkeki Maina, presidente da Associação de Pais das Meninas Sequestradas em Chibok, expressou frustração para a Portas Abertas:
– É lamentável o governo, que supostamente deveria tomar conta dos cidadãos, ter abandonado nossas filhas nas mãos do Boko Haram. Não há justificativa do porquê nossas filhas não foram resgatadas dos sequestradores. É muito perturbador termos clamado e pedido ao governo para vir ao nosso resgate, mas nosso lamento não ser ouvido.
Do Pleno.News
