A trajetória da Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil poderia facilmente ser contada como uma viagem — longa, cheia de desafios e marcada por personagens que deixaram suas digitais espalhadas por comunidades inteiras.
Tudo começou em 1951, quando dois missionários decidiram plantar no interior paulista uma igreja que já nascia com vocação itinerante. Era comum ver tendas erguidas em terrenos vazios, grupos de oração organizados em salas improvisadas e caravanas de evangelização percorrendo estados inteiros. A mensagem pentecostal — que anunciava Cristo como Salvador, Batizador, Médico dos médicos e Rei que voltará — se espalhou rapidamente.
Entre as histórias que ganharam força ao longo das décadas estão as de dois irmãos que transformaram a presença da IEQ em Minas Gerais: os pastores Mário de Oliveira e Antônio Genaro. Foi deles o impulso que fez a igreja crescer nos bairros de Belo Horizonte e, depois, em cidades do interior. Relatos lembram desde terrenos sem calçamento usados para erguer templos até a venda de bens pessoais para financiar obras. O trabalho resultou em milhares de igrejas organizadas no Estado.
A caminhada, no entanto, não parou neles. Em 2023, Leandro Genaro, filho de Antônio, assumiu a liderança da IEQ em Minas, reforçando que a história da igreja também é construída por continuidade familiar e compromisso geracional.
Hoje, a Quadrangular está presente em mais de 130 países e reúne milhões de fiéis somente no Brasil. Mas sua força continua sendo a mesma que apareceu nos primeiros cultos em tendas: liderança que serve, mobilização comunitária e disposição para chegar onde ninguém estava chegando.
Mais do que números, a igreja celebra, década após década, o impacto silencioso — e constante — que transformou bairros, famílias e cidades inteiras.
Texto: Erison Júnior/Da Ronabar Comunicação
