INSTALAÇÃO IMERSIVA UNE ARTE, TECNOLOGIA E DADOS SOBRE A CRISE CLIMÁTICA; COM ESTREIA EM BELÉM, PROJETO TERÁ ITINERÂNCIA NACIONAL AO LONGO DE 2026
Enquanto os holofotes do mundo se voltam à COP30, em Belém, uma iniciativa marca presença no circuito de experiências paralelas ao evento: a exposição imersiva “Mudamos o Clima, Agora o Clima Muda Tudo”, idealizada pelo Projeto Coral Vivo e com projeto criativo do Estúdio Bijari, propõe um novo formato de comunicação científica, ambiental e emocional para públicos diversos e espera envolver e mobilizar visitantes de todas as idades. Com o patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, a direção de arte, expografia e comunicação visual ficaram a cargo do Estúdio Bijari. A curadoria da exposição foi realizada em parceria entre o Instituto Coral Vivo e representantes do Departamento de Oceano e Gestão Costeira (DOCEANO/MMA), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI), do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO/USP), da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI/UERJ), do Núcleo de Ecologia Aquática e Pesca da Amazônia (NEAP/UFPA) e do Instituto Meros do Brasil.
Com 150m² de instalações sensoriais, que incluem esculturas, vídeos, realidade virtual, aquários-esculturas e elementos táteis, a mostra ocupa a praça de alimentação do Boulevard Shopping Belém, de 5 a 30 de novembro de 2025, com entrada gratuita. Em 2026, a exposição inicia uma itinerância por diferentes regiões do Brasil.
“É fundamental democratizar o acesso à informação científica, levando-as dos laboratórios e das plenárias para que ela chegue de forma clara e impactante ao cotidiano das pessoas. A arte e as experiências visuais são ferramentas poderosas para engajar o público, transformar dados em emoção e estimular uma conexão real com os desafios da crise climática. Essa exposição busca justamente abrir esse diálogo, tornando o conhecimento acessível e mobilizador para todos.”, explica Flávia Guebert, diretora do Projeto Coral Vivo.
O conceito curatorial da exposição parte de um desafio claro: transformar dados científicos em experiências sensoriais capazes de informar, emocionar e engajar. A narrativa convida o visitante a percorrer os impactos das mudanças climáticas, desde seus fundamentos até soluções concretas, com atenção especial aos oceanos e aos recifes de coral, ecossistemas altamente ameaçados pela elevação das temperaturas.
“Procuramos desenhar uma exposição com uma ampla diversidade de meios e linguagens, justamente para poder atrair um público que nem sempre está atento à causa ambiental. A aparência visual impactante da montagem busca se afirmar como uma arquitetura da emergência, em um evento ao mesmo tempo lúdico e urgente. Também utilizamos uma série de elementos de impacto gráfico e visual — boias, fitas laranjas, módulos de pier flutuante convertidos em arquibancadas, vídeos com animações e objetos táteis — com o objetivo de atrair o espectador num nível físico, racional e emocional”, comenta Maurício Brandão, sócio do Estúdio Bijari.
Desde sua concepção, a exposição foi pensada para itinerar com agilidade e impacto visual. A arquitetura é composta por módulos de andaime de 1 m ou 0,5 m de largura e 0,5 m de altura. É uma estrutura inspirada em arquiteturas de emergência, que remete a um canteiro de obras: metáfora de um planeta em construção (ou reconstrução).
A montagem é versátil e adaptável a diferentes contextos urbanos. O conteúdo foi estruturado com base nos temas definidos no termo de referência, com foco em acessibilidade, coerência narrativa e sustentabilidade. Todos os materiais são reaproveitáveis ou de baixo impacto ambiental, alinhados a princípios ecológicos e de responsabilidade socioambiental.
Inspirada por manifestações artísticas contemporâneas e intervenções urbanas que utilizam a arte como ferramenta de engajamento social e ambiental, como as ações vistas em bienais de arte contemporânea no Brasil e no mundo, e intervenções emblemáticas que dialogam com a cidadania e o espaço público, a exposição reconhece o poder da arte para salvar simbolicamente, despertar consciências e provocar transformações coletivas.
A exposição aposta em uma linguagem acessível e num enfoque educativo, tornando conteúdos científicos compreensíveis e emocionalmente envolventes. A proposta é promover uma conexão direta entre os visitantes e os impactos ambientais que afetam suas realidades cotidianas, despertando empatia, pertencimento e senso de urgência.
Serviço – Exposição “Mudamos o Clima, Agora o Clima Muda Tudo”
Local: Boulevard Shopping Belém
Endereço:– Av. Visc. de Souza Franco, 776 – Reduto, Belém – PA, 66053-000
Data: De 05 a 30 de novembro de 2025
Horários: Segunda a sábado, das 10h às 22h; domingos, das 11h às 22h
Entrada: Gratuita
Classificação: Livre
Duração da visita: Aproximadamente 45 minutos
Hashtag oficial: #OClimaMudaTudo
Instagram: @projetocoralvivo
Para agendar monitoria, enviar email para [email protected]
Sobre o Projeto Coral Vivo
O Projeto Coral Vivo faz parte do Instituto Coral Vivo, OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) referência nacional na conservação ambiental, com foco nos ambientes marinhos e coralíneos no Brasil. Criado em 2003 no Museu Nacional/UFRJ, o Projeto Coral Vivo nasceu da experiência acumulada de seus pesquisadores, com mais de 40 anos de atuação na área. Patrocinado pela Petrobras desde 2006, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, o Projeto Coral Vivo une pesquisa científica, educação, políticas públicas, comunicação e mobilização social para proteger os ecossistemas coralíneos. Conta também com o copatrocínio do Arraial d’Ajuda Eco Parque e parcerias com 15 universidades e instituições de pesquisa. O projeto integra a Rede BIOMAR (formada pelos projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Golfinho Rotador, Meros do Brasil e Coral Vivo), voltada à conservação da biodiversidade marinha brasileira, e a REDAGUA (composta pelos projetos Aruanã, Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e Uçá), que atua na proteção da Baía de Guanabara e seu entorno.
Sobre o Estúdio Bijari
Núcleo de criação em artes visuais e multimídia, o Bijari existe desde 1997 e possui um trabalho de pesquisa calcado na convergência entre arte, design e tecnologia, e tem como objeto de interesse as narrativas, poéticas e conflitos que moldam e dão vida à paisagem urbana.
Da Agência Lema/Leandro Matulja / Leticia Zioni / Guilherme Maia
