O governo da Venezuela empossou na quinta-feira (16) uma “milícia camponesa para proteger a pátria de qualquer inimigo”, em um contexto em que são realizados exercícios militares no país diante das “ameaças” que considera em função da mobilização militar dos Estados Unidos no mar do Caribe, perto da costa venezuelana.
– Se o inimigo decidir se meter, não é uma tarefa na qual ele tenha chances de vitória. Porque quem acredita que esta é uma situação que se resolve lançando duas bombas e eles já se renderam, não nos conhece. Não tem a menor ideia do que é feito o povo da Venezuela – afirmou o ministro do Interior, Diosdado Cabello.
Durante a cerimônia de posse, transmitida pela emissora estatal VTV no estado de La Guaira, no norte do país, Cabello advertiu os “inimigos da pátria” que, “quando derem um passo, saibam que estão enfrentando um povo capaz de devorar vivo qualquer um”.
– E quando falo em devorar vivo, não estou brincando. Estou falando sério – enfatizou.
O ministro do Interior afirmou que os camponeses sabem usar bem as ferramentas que utilizam no campo e que elas também são “ferramentas para defender a pátria”.
– Quem se meter aqui sabe que vai aparecer um camponês com um facão na mão em qualquer lugar, em qualquer esquina, com um fuzil (…), porque as armas da nação estão nas mãos do nosso povo para proteger a pátria de qualquer inimigo, seja ele quem for, venha de onde vier – disse Cabello.
Desde agosto, os EUA mantêm um destacamento militar no Caribe e atacaram várias embarcações que transportavam drogas, de acordo com a Casa Branca, em águas internacionais perto da Venezuela, operações que dizimaram aproximadamente 30 narcotraficantes.
Os EUA têm atualmente 10 mil homens na região, a maioria em bases em Porto Rico, assim como um contingente de fuzileiros navais em navios de assalto anfíbio. No total, conta com oito embarcações de guerra e um submarino no Caribe.
Do Pleno.News com agência EFE