O presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, deixou o país africano a bordo de um avião militar francês, neste domingo (12). A informação foi divulgada na segunda-feira (13) pela emissora de rádio francesa RFI.
Veículos de imprensa reportaram que a saída de Rajoelina ocorreu após diversos protestos de jovens da Geração Z.
Segundo a RFI, a saída de Rajoelina foi possível graças a um acordo com a possível intervenção do presidente francês, Emmanuel Macron, para facilitar uma solução pacífica para a grave crise política que Madagascar enfrenta.
Rajoelina voou no domingo para a ilha de Sainte-Marie, na costa leste de Madagascar, e embarcou no avião militar francês com destino à ilha da Reunião, também no oceano Índico e que é um departamento ultramarino francês. De lá, ele seguiu para outro destino com sua família, de acordo com a RFI, que apontou Dubai como possível local de exílio.
Estava previsto que o presidente de Madagascar se pronunciaria à nação nesta segunda-feira, após denunciar no domingo uma tentativa de golpe de Estado no país, palco de protestos populares desde 25 de setembro.
A denúncia de tentativa de golpe foi feita depois que grupos de soldados se uniram, neste sábado (11), a milhares de manifestantes na capital, Antananarivo.
Uma unidade militar insurgente, o Corpo de Administração de Pessoal e Serviços do Exército de Terra (CAPSAT), garantiu neste domingo ter tomado o controle das Forças Armadas, depois de pedir no sábado para “desobedecer” qualquer ordem de atirar contra a população.
O CAPSAT, com sede em Soanierana, nos arredores da capital, participou em 2009 de um golpe de Estado que depôs o então presidente, Marc Ravalomanana, e permitiu a Rajoelina chegar ao poder pela primeira vez.
Do Pleno.News com informações da Agência EFE