Moraes envia à PRG pedido de análise sobre liberdade ao general Braga Neto

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na sexta-feira (29) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente, em até cinco dias, um parecer sobre o novo pedido de soltura feito pela defesa do general Walter Souza Braga Netto. Braga Netto, general da reserva e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, está preso preventivamente desde dezembro de 2024. Ele é acusado de tentar obstruir as investigações da Polícia Federal sobre a articulação de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No início de agosto, Moraes já havia negado outro pedido de liberdade apresentado pela defesa, justificando a manutenção da prisão com base no risco à ordem pública e na possibilidade de interferência nas investigações. A decisão apontava ainda indícios da participação do general na chamada trama golpista.

Segundo as investigações, Braga Netto teria buscado acessar dados sigilosos ligados à delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, como parte das tentativas de manipulação do processo.

A defesa insiste que não existem fundamentos concretos para manter a medida mais severa e argumenta que o tratamento dado a Braga Netto deveria ser semelhante ao aplicado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar.

Agora, o parecer da PGR será fundamental para definir os próximos passos do processo, especialmente com o julgamento do chamado “núcleo central” da trama marcado para a próxima semana.

Do Blog da Thalita Moema