O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou, na segunda-feira (25), o envio de 15 mil homens para os estados de Zulia e Táchira, ambos na fronteira com a Colômbia, para, segundo ele, garantir a paz no território e combater grupos criminosos.
Em entrevista coletiva junto com outras autoridades e que foi transmitida pela rede de televisão estatal VTV, Cabello afirmou que a operação se enquadra na criação da Zona de Paz Nº 1, que, segundo ele, abrangerá ambas as regiões fronteiriças.
– O presidente ordenou um reforço operacional (…) e ordenou, em uma primeira fase, o envio de 15 mil homens e mulheres para todo o lado venezuelano, como reforço aos que já temos – declarou o ministro do Interior, sem especificar o tamanho da tropa destacada no setor regularmente.
Ele frisou que o “reforço especial” também contempla o uso de aeronaves, drones e um “destacamento fluvial” para garantir a “proteção” da fronteira.
Cabello pediu às autoridades do lado colombiano, com as quais afirmou ter um bom relacionamento, a “fazerem o mesmo” para “garantir a paz em todo o eixo” e “expulsar quem quiser se estabelecer para cometer crimes na zona da fronteira”.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, negou que existam acampamentos de grupos armados da Colômbia em seu país.
A afirmação foi feita depois que o diretor da Administração de Repressão às Drogas dos Estados Unidos (DEA), Terry Cole, acusou a Venezuela de colaborar com guerrilheiros colombianos para enviar “quantidades recordes de cocaína” aos cartéis mexicanos que traficam para esse país.
Padrino acrescentou que na Venezuela “não há acampamentos de nenhum tipo de grupo terrorista”, desses “tradicionais que se dividiram”, sem fazer referência a nenhum em específico.
Na noite deste domingo (24), Maduro promoveu a general de divisão na “reserva ativa” o embaixador da Venezuela na Colômbia, Carlos Martínez.
As ações do governo venezuelano ocorrem em meio a tensões com os EUA, diante das manobras propostas por esse país em águas do Caribe, próximas à Venezuela, para combater o narcotráfico.
Do Pleno.News/EFE