Moraes foca agora no pastor Silas Malafaia e pode mandar prender o missionário direitista

O pastor Silas Malafaia passou a ser investigado pela Polícia Federal no mesmo inquérito que apura ações atribuídas a Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo. O caso, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes no STF, investiga supostas ações contra autoridades e tentativas de sanções internacionais contra o Brasil.

Entre os crimes apurados estão coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Malafaia nega ter sido notificado e voltou a criticar Moraes.

PREOCUPAÇÃO

As Frentes Parlamentares Evangélica do Congresso Nacional e do Senado declararam, nesta sexta-feira (15), que acompanham “com intensa atenção e preocupação” a inclusão do pastor Silas Malafaia no inquérito que apura suposta obstrução no processo sobre tentativa de golpe de Estado.

O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec) passou a ser investigado pela Polícia Federal (PF) no mesmo caso que envolve também Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo. As manifestações encabeçadas por Malafaia em São Paulo e outras cidades do país seriam o motivo.

Entre os crimes apurados estão coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Na nota, as frentes evangélicas defendem os pilares essenciais do Estado Democrático de Direito descritos na Constituição e afirmam que “qualquer investigação que envolva autoridades políticas, lideranças religiosas ou cidadãos em geral deve observar rigorosamente tais garantias, de modo a preservar a imparcialidade, a transparência e a legitimidade das instituições”.

– A escalada de medidas sem critérios técnicos claros, somada à divulgação de informações à imprensa antes de comunicação formal aos advogados do investigado, bem como a eventual ocorrência de vazamentos seletivos, configura prática que compromete a isonomia processual e abala a confiança no sistema de Justiça – diz a nota, se referindo ao fato da PF ter enviado a notícia primeiro para a Globonews, sem notificar Malafaia sobre a investigação.

– É dever do Estado assegurar que os procedimentos sejam conduzidos com probidade, observância estrita da lei e respeito ao sigilo legal – dizem os presidentes, deputado federal Gilberto Nascimento (PSD-SP) e senador Carlos Viana (Podemos-MG).

E continuam:

– As Frentes Parlamentares Evangélicas no Congresso Nacional e no Senado Federal permanecerão vigilantes e atuantes para que as liberdades constitucionais e os direitos fundamentais sejam integralmente preservados.

Veja a nota do instagram:

https://www.instagram.com/p/DNXBT0VtT92/?igsh=MXIwMjR3OWpsZjM0dg%3D%3D

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