Flamengo não se assusta com saída do patrocinador. Meta é fechar o ano com faturamento de R$ 1,7 bilhão

A rescisão do contrato milionário com a patrocinadora master não afetará o resultado operacional do Flamengo. Em linhas gerais, é o que o torcedor quer saber. A notícia do rompimento com a casa de apostas Pixbet por inadimplência contratual, publicada aqui no blog, assustou os rubro-negros. Mas ainda que não haja um acordo comercial já concluído para a venda da chamada cota master, a previsão é de que um novo patrocinador ocupe o espaço em, no máximo, um mês.

Não se sabe ao certo se o novo parceiro, muito provavelmente uma empresa do mesmo ramo, ofertará ao Flamengo um valor equivalente. Especialistas dizem que, apesar das restrições causadas pelas normas de regulamentação do governo, o mercado se expandiu e a concorrência diminuiu o ganho das operadoras. As principais, com matriz no exterior, já atuam com mais prudência. Fontes no clube, no entanto, garantem que não será algo distante do que se tinha.

Luiz Eduardo Baptista, o presidente, já revelou em rodas com parceiros que seu desejo é estampar no uniforme uma marca global, reconhecida fora do país. Mas, obcecado por novas receitas, não maltrata o dinheiro. Passa a lupa em todas rubricas, revisa custos e tenta melhorar os recebíveis. O objetivo é fechar o primeiro ano da gestão com faturamento na casa do R$ 1,7 bilhão – R$ 400 milhões a mais do que o último da administração anterior.

Com relação a Pixbet, as partes discutem há dias a rescisão do maior contrato de patrocínio da história do clube, assinado no ano passado. E não faz isso por ter ofertas melhores, como tenta emplacar. O motivo foi mesmo atraso no pagamento de duas cotas de R$ 27,5 milhões – a última vencida em julho. A empresa teria alegado problemas de caixa, e antecipado que teria dificuldades para saldar também a parcela que venceria em novembro.

Lembrando que o acordo teria validade de quatro anos, com valor total de R$ 470 milhões a serem pagos da seguinte forma: R$ 105 milhões já cumpridos em 2024; R$ 115 milhões em 2025, e R$ 250 milhões nos próximos dois anos (2026 e 2027) – R$ 125 milhões por ano. Sempre em cotas trimestrais. Este ano, a Pixbet pagou os R$ 27,5 milhões da primeira cota, mas não cumpriu a segunda e a terceira parcelas. E avisou que não teria como saldar a quarta, no valor de R$ 32,5 milhões.

Discute-se, agora, a aplicabilidade da cláusula de saída que o rompimento sem a necessidade de pagamento de multa.

Do Extra.Globo