A cidade de Belém segue no centro de uma polêmica internacional por causa do preço elevado das hospedagens para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30. Mas se, por um lado, o debate sobre a viabilidade do evento na cidade cresce, por outro a secretária municipal de Cultura e Turismo, Cilene Sabino — irmã do ministro do Turismo, Celso Sabino — está em viagem pela Europa.
A crise ganhou novo peso na última quarta-feira (6), quando o presidente da Áustria anunciou que não participaria mais da conferência em solo paraense. Dias antes, representantes de 29 países assinaram um documento enviado ao secretário extraordinário da COP30 da Casa Civil, Valter Correia, sugerindo a transferência do encontro caso não seja possível assegurar hospedagens suficientes e acessíveis.
Apesar do momento caótico e da proximidade do evento, Cilene deixou o Brasil e seguiu para Estocolmo, capital da Suécia, onde está desde a última terça-feira (5) para participar do seminário TheAmazon.life, organizado pelo partido União Brasil. A programação, custeada pela sigla, reúne lideranças políticas, parlamentares e prefeitos da Amazônia, com o objetivo de apresentar o projeto Coração da Amazônia.
Foi da capital sueca que, em entrevista, a secretária comentou a polêmica dos hotéis e disse que há um diálogo com empresas hoteleiras para solucionar a questão.
– Estamos dialogando muito com todas as empresas hoteleiras (…) e também com as agências de turismo, mostrando a necessidade de acolhermos. O paraense é extremamente acolhedor. Temos uma gastronomia extraordinária. Precisamos ter foco na discussão mais importante que vamos ter, que é sobre o clima, e não sobre o preço – afirmou ao canal Times Brasil.
O imbróglio, porém, continua, com hospedagens cobrando preços estratosféricos pelo período do evento internacional em Belém. Como mostrou uma reportagem do Pleno.News, a estadia em alguns imóveis na capital paraense chega a até R$ 2,2 milhões entre 10 e 21 de novembro, quando ocorrerá a COP30.
Do Pleno.News