Feira Amazônia Criativa fomenta economia criativa no Espaço São José Liberto

Cerca de 30 empreendedores participaram da 7ª edição da Feira Amazônia Criativa, realizada no sábado (2), no Espaço São José Liberto(ESJL), em Belém. O evento reuniu criações autorais de moda sustentável, artesanato com identidade regional e cosméticos naturais, celebrando a diversidade amazônica.

Organizada pela Casa Circular, com o apoio da Sedeme, a feira fortalece a economia criativa ao ampliar a visibilidade de empreendedores locais e fomentar conexões entre cultura sustentável, geração de renda e consumo consciente.

Os visitantes do ESJL encontraram, em um só espaço, moda circular com a participação de brechós, além de acessórios como brincos, colares e bolsas, cosméticos naturais e outros itens que refletem o compromisso com a economia circular e o consumo responsável. A programação também contou com atrações musicais com apresentação de  DJs, além de  representantes da gastronomia paraense e do artesanato regional.

Entre os expositores, estiveram Marcelo Fialho e Agis Elias Júnior, sócios proprietários da saboaria artesanal PurAmazônia — marca que desenvolve produtos feitos à mão com ervas naturais. Os produtos são inspirados nos tradicionais banhos de cheiro da cultura amazônica, os sabonetes artesanais utilizam ingredientes naturais.

Agis Júnior ressalta que toda a produção é artesanal, com ervas provenientes de fornecedores que realizam extração sustentável. Ele também cultiva em casa um herbário com espécies como boldo, erva-cidreira, capim-marinho e hortelã.

“Nossos produtos carregam a sustentabilidade desde a matéria-prima até a embalagem final. Os sabonetes são acondicionados em papel reciclável e tecidos de chita reutilizáveis, que podem ser ressignificados após o uso”, disse Agis.

Agis Júnior disse que a proposta da PurAmazônia une inovação, tradição e respeito à floresta em cada etapa do processo. Ele reforça ainda a importância da criação de espaços de visibilidade em feiras voltadas a pequenos empreendedores, fundamentais para fortalecer iniciativas sustentáveis.

A artesã Érika Lessa, fundadora da Tareno Artesanal, também marcou presença na exposição. Sua marca é especializada em costura criativa, utilizando as técnicas de patchwork, que consiste em unir pedaços de tecido para formar novas padronagens e quilt, nome dado à peça final composta por três camadas: topo, manta e forro. A partir dessas práticas, ela transforma tecidos em criações únicas e bordadas à mão, como bolsas, almofadas, tapeçarias, jogos americanos e outras peças com estética personalizada.

Érika explica que a moda está entre os setores mais poluentes do mundo e, por isso, busca sempre utilizar fibras naturais em suas criações. Os produtos dela incluem tecidos como tricoline, chita e algodão cru, todos 100% puros.

“Trabalho com moda consciente, aproveitando integralmente os tecidos e utilizando todo o material disponível. Meu objetivo é eliminar resíduos e manter a geração de lixo ao mínimo, reaproveitando todas as sobras. As aparas que surgem durante o processo de confecção são cuidadosamente armazenadas: as maiores são usadas para criar novos mosaicos ou desenhos, enquanto as menores se transformam em enchimento para almofadas”, reforçou Erika.

Da Agência Pará