Vídeo de instagram – Trump ameaça ‘tarifas severas’ de 100% à Rússia caso não haja cessar-fogo na Ucrânia em até 50 dias

PRESIDENTE DOS EUA ADOTA RETALIAÇÕES CONTRA O GOVERNO VLADIMIR PUTIM E AJUDA A UCRÂNIA VEJA O VÍDEO ABAIXO:

https://www.instagram.com/reel/DMGF41nuA4g/?igsh=Z3Q5bHVncWx4d2M3

O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, ameaçou na segunda-feira (14) aplicar um pacote de “tarifas severas” à Rússia caso o governo de Vladimir Putin não alcance um acordo de paz na Ucrânia em um prazo de até 50 dias. Trump disse que o valor das tarifas será de “cerca de 100%” além dos valores já atualmente aplicados. Já a Casa Branca, em comunicado após a declaração do presidente dos EUA, afirmou que a taxa aplicada a Moscou será de fato de 100% caso não haja cessar-fogo no período de 50 dias.

“Estamos muito, muito insatisfeitos (com a Rússia), e vamos aplicar tarifas muito severas se não alcançarmos um acordo (de cessar-fogo) em 50 dias”, disse Trump, durante reunião com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, na Casa Branca.

No encontro com Rutte, Trump também disse que o comércio é “excelente para resolver guerras” para justificar o aumento das tarifas à Rússia que ele ameaçou aplicar.

Logo após a guerra da Ucrânia começar, em março de 2022, os EUA aplicaram um amplo pacote de sanções econômicas à Rússia, o que praticamente inviabilizou o comércio de bens e mercadorias entre os dois países.

Até por isso, o governo de Vladimir Putin não entrou na ampla lista de países afetados pelo tarifaço anunciado por Trump em abril.

Apesar das sanções, no entanto, as relações comerciais entre EUA e Rússia ainda existem. Só em 2024, o comércio total entre os dois países chegou a US$ 3,5 bilhões, com a compra e venda de mercadorias como fertilizantes, metais e até combustível nuclear, segundo o Escritório do Representante Comercial dos EUA.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu a Trump pelo anúncio e acusou a Rússia de querer fazer com que a guerra seja vista como um “novo normal”.

“O financiamento de guerra da Rússia deve ser cortado. Seus laços com o Irã e a Coreia do Norte devem ser cortados. Qualquer fornecimento de componentes e equipamentos para a indústria militar russa deve ser interrompido”, disse.

ARMAS

No encontro, Trump disse também que enviará uma nova leva de armamento às tropas ucranianas, selando a retomada das ajudas dos EUA a Kiev, com quem teve desavenças ao longo deste ano.

No fim de julho, o Pentágono chegou a anunciar a suspensão do envio de mísseis de defesa aérea e munições de precisão. Nesta segunda, como havia dito no domingo (13), Trump reafirmou que enviará a Kiev mais sistemas antimísseis Patriot, o poderoso “escudo” do Ocidente cujo uso na Ucrânia Putin já disse considerar “uma provocação”.

O Patriot é o mais avançado sistema de defesa que o Ocidente já enviou à Ucrânia, e cada unidade custa cerca de US$ 3 milhões (R$ 15,6 milhões).

Na segunda, Trump não só reafirmou que enviará os mísseis bloqueadores do Patriot — que caçam e destroem no ar mísseis e drones russos — como também disse que mandará, por meio da Otan, baterias para lançamento do sistema, o que agiliza seu uso por tropas ucranianas.

“Teremos alguns chegando muito em breve, dentro de alguns dias… alguns países que possuem Patriots farão a troca e substituirão os Patriots pelos que já possuem. É um complemento completo com as baterias”, disse.

Os anúncios de ontem indicaram também como Trump mudou sua rota política na guerra da Ucrânia.

Desde que assumiu sua segunda gestão à frente da Casa Branca, em janeiro de 2025, o norte-americano vinha indicando uma aproximação com Vladimir Putin, com quem chegou inclusive a ensaiar um acordo de cessar-fogo sem a presença da Ucrânia nas negociações.

Em fevereiro, ao receber o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para uma reunião na Casa Branca, Trump disparou contra o ucraniano: diante da imprensa mundial no Salão Oval, bateu boca e levantou a voz com Zelensky, a quem acusou de querer incitar uma Terceira Guerra Mundial.

Após a confusão, a reunião entre os dois chegou a ser cancelada, e Zelensky deixou a Casa Branca antes da hora.

Em paralelo, o norte-americano chegou a elogiar Vladimir Putin, mas, aos poucos, começou a demonstrar decepção com o líder russo, após Moscou recusar diversas vezes condições impostas por Washington para um cessar-fogo na Ucrânia.

Recentemente, Trump chegou a chamar Putin de inútil e tem criticado bombardeios russos à Ucrânia.

Após as declarações de Trump, Kaja Kallas, a chefe da diplomacia da União Europeia, disse a jornalistas que estava satisfeita com a postura mais rígida do presidente dos EUA em relação à Rússia, mas que um ultimato de 50 dias para punir Moscou era “muito longo”:

“É muito positivo que o presidente Trump esteja adotando uma postura firme contra a Rússia. Por outro lado, 50 dias é um tempo muito longo se considerarmos que estão matando civis inocentes todos os dias”.

BRASIL ATINGIDO

As tarifas secundárias são impostas a outros países ou entidades que mantêm comércio com uma nação sancionada, neste caso a Rússia. Ele não mencionou o Brasil em sua ameaça, mas o país é grande comprador de itens como fertilizantes e óleo diesel russos.

Além disso, Trump está em pé de guerra com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem enviou na semana passada uma uma carta na qual afirma que começará a cobrar uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras.

Como pano de fundo da ameaça, estão fatores como a pressão das gigantes da internet, como Meta e Google, em relação à decisão da Justiça brasileira de ampliar a responsabilização das plataformas de redes sociais sobre o conteúdo postado por terceiros. Trump mencionou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado – classificado por ele como uma perseguição – como uma das justificativas para a sanção.

Do G1/Uol

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