Depois de o Metrópoles revelar que a primeira-dama Janja e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, pegaram carona num jato da FAB solicitado pelo chefe da Justiça, Ricardo Lewandowski, neste mês, para viajarem a São Paulo, o ministro da Defesa, José Múcio, deu uma entrevista ao mesmo portal em que falou da penúria das Forças Armadas no governo Lula.
Segundo ele, falta dinheiro para combustível de aeronaves em geral, incluindo os próprios caças da Aeronáutica. “Nós precisamos de combustível e de dinheiro para manutenção de equipamentos que foram comprados com erário público. Nós temos caças parados, aviões de combates parados”, disse Múcio.
Janja explicou que pegou carona no jato da Força Aérea para ir ao ginecologista em São Paulo. Como o ministro Lewandowski havia solicitado o avião e existia espaço no voo, ela viajou. Os ministros do Os ministros do STF também podem pegar carona nos aviões oficiais, já que enfrentam constantes ameaças.
Múcio, ao revelar a situação precária das Forças Armadas no governo Lula, disse que atua para tentar aprovar no Congresso uma lei que torne o orçamento militar uma questão de Estado, com reserva constitucional assegurada de 2% do PIB.
“A gente precisa despolitizar a relação. As Forças Armadas são do Estado brasileiro. A gente precisa ter uma Defesa digna, do jeito que o Brasil merece”, disse Múcio.
Batizada de “PEC da Previsibilidade”, a proposta de Múcio cita países da Otan, que destinam pelo menos 2% do Produto Interno Bruto para a compra de armamento. Segundo o ministro, o Brasil perde tempo em não priorizar o setor militar no momento em que o planeta enfrenta uma escalada nos conflitos armados.
Transcrito da coluna Radar/Veja