Prefeitura de Belém constata irregularidades em sedes da Ciclus

A Prefeitura de Belém esteve presente no Centro de Tratamento de Resíduos (CRT) da empresa Ciclus, no bairro do Aurá, na manhã desta quarta-feira, 11, para apurar possíveis irregularidades ambientais. Segundo a Polícia Civil, ontem, terça-feira, 10, uma operação foi realizada no local e, de acordo com a corporação, irregularidades foram encontradas e o encarregado do espaço foi conduzido à delegacia. A investigação da PC continua e a Sezel vai prestar todo o apoio às autoridades.

Na manhã desta quarta-feira (11), o secretário de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), Cleiton Chaves, e o presidente da Agência Reguladora Municipal de Belém (Arbel), Ricardo Coelho, estiveram presentes no Centro de Tratamento de Resíduos (CRT) da Ciclus no Aurá, avaliando as condições do espaço e notificando a empresa sobre as medidas necessárias para a readequação da operação.

COMBATE ÀS IRREGULARIDADES

Uma força-tarefa de fiscalização da Sezel esteve presente em outros endereços da Ciclus para avaliar e notificar com o objetivo de garantir ajustes que a empresa deve cumprir na melhoria do serviço da coleta de resíduos. As equipes estiveram presentes simultaneamente às 4h da manhã desta quarta nas sedes da Ciclus da Vileta e da Rua da Providência, próximo à BR-316.

“Nós, primeiramente, mapeamos a cidade e constatamos o acúmulo de lixo, principalmente o domiciliar, além de entulhos. Vamos resolver isso, mas antes é preciso entender a operação da empresa contratada”, esclareceu o secretário.

A Ciclus iniciou as operações em abril de 2024 após uma negociação com a gestão anterior da Prefeitura de Belém. “A falha mais grave na quantidade de servidores, inclusive, foi perguntado ao gerente de operação. Ficou muito claro que hoje existe um déficit de 600 servidores e ele já se comprometeu em fazer a contratação de 320 de forma imediata”, informou.

A Sezel constatou ainda que diversos caminhões de lixo estavam com resíduos acumulados, o que não é aconselhável. O correto, segundo a Sezel, seria o descarte no Aterro de Marituba a cada rota.

Além disso, a fiscalização constatou o envio de um caminhão com lixo orgânico no Aurá, o que é proibido, já que o espaço é destinado apenas ao tratamento de entulho hoje em dia. A Arbel e a Sezel vão notificar a Ciclus por conta disso. A Sezel também chamou a Polícia Civil para denunciar a irregularidade e, assim, a PC deteve, para esclarecimentos, o gerente do Aurá, Thiago Lima, e a equipe de três funcionários da Ciclus que pilotava o caminhão. Eles foram conduzidos a Delegacia de Meio Ambiente (Demapa), em Belém.

Outro problema foram caçambas de entulho, também com resíduos, saindo do local sem a vedação com a lona.

“A Arbel, que é a fiscalizadora do contrato, esteve com a gente nessa primeira fiscalização. A medida agora é intensificar a fiscalização e cobrar que sejam cumpridas todas as cláusulas do contrato”, complementou o titular da pasta.

Da Agência Belém