Finalizando sua “turnê mensal” de abril pelos planetas do Sistema Solar, a Lua vai visitar Júpiter nesta quarta-feira (30). Na ocasião, o gigante gasoso vai aparecer no céu bem próximo do satélite natural da Terra, em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica.
De acordo com o site In-The-Sky.org, isso acontece às 14h35 (todos os horários mencionados estão no fuso de Brasília). Nesse momento, a Lua vai passar a pouco mais de 5º ao norte de Júpiter.
Do ponto de vista de um observador em São Paulo, o par não estará visível durante a conjunção, aparecendo 25° acima do horizonte noroeste às 17h50 e permanecendo no céu até às 20h08. No decorrer desse período, Júpiter ainda pode ser visto bem perto da Lua, mesmo algumas horas após a aproximação máxima.
Enquanto a Lua estará em magnitude de -10.5, a de Júpiter será de -2.0, com ambos na constelação de Touro. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o corpo mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.
Em maio, a Lua começa por Marte e Netuno (3), passa por Saturno (22) e Vênus (23), finalizando com Júpiter novamente (28). Essa série de conjunções que a Lua faz mensalmente ocorre porque ela orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.
Grande Mancha Azul pode revelar segredos magnéticos de Júpiter
Se pensarmos em oceano simplesmente como um grande corpo líquido, então o maior oceano do Sistema Solar está em Júpiter. Diferentemente dos mares terrestres, formados por água, o oceano joviano é composto por hidrogênio em um estado peculiar: líquido metálico, submetido a pressões imensas e temperaturas elevadas.
As últimas pesquisas revelam a complexidade desse oceano. Mudanças significativas em um curto período de quatro anos indicam uma dinâmica interna mais intrincada, conectando eventos atmosféricos a anomalias magnéticas detectadas pela sonda Juno, da NASA.
Comparável em forma ao campo magnético terrestre, mas vinte vezes mais potente, Júpiter possui um dipolo magnético, com polos norte e sul conectados por linhas magnéticas. Peculiaridades surgem de elementos como a lua vulcânica Io, que gera plasma influenciando a magnetosfera, e uma longa faixa magnética no hemisfério norte.
No entanto, uma característica verdadeiramente enigmática é a “Grande Mancha Azul”, uma vasta região circular próximo ao equador de Júpiter – apesar do nome, sua cor não é exatamente azul. Estudos recentes da sonda Juno revelam um jato atmosférico associado a essa mancha, apresentando variações periódicas em órbitas consecutivas.
Do Olhar Digital