Após impasse, Colômbia envia o seu Boeing 737 para buscar deportados nos EUA

A decisão faz parte do acordo entre o governo americano e colombiano, após um impasse gerado no final de semana sobre as condições que os imigrantes ilegais estavam passando nos voos de deportação, que incluem algemas nos pés e nas mãos, privação de comida e restrição para ida ao banheiro.

Inicialmente, o governo da Colômbia, sob ordens do presidente Gustavo Petro, proibiu a entrada de um Boeing C-17 Globemaster III da Força Aérea Americana (USAF) que já havia decolado da Estação Aeronaval de Miramar, na Califórnia, com em torno de 80 colombianos deportados.

A aeronave acabou voltando para a base e o voo foi cancelado. Na ocasião, Petro alegou que os americanos não estavam cumprindo com o mínimo de dignidade com os deportados, e prometeu enviar o Boeing 737-700 BBJ de uso presidencial, que possui interior VIP.

 

Dia (26), Donald Trump anunciou que a Colômbia aceitou os termos dos EUA, após o presidente americano anunciar pesadas sanções caso o país sul-americano não colaborasse para receber seus nacionais. Neste anúncio estava previsto o envio dos deportados “em aviões militares e sem restrições“.
Decolour do Aeroporto Internacional El Dorado, em Bogotá, um outro 737-700 da Fuerza Aérea Colombiana, de matrícula FAC1219, que não possui voo VIP. A aeronave seguirá sem escalas até o Aeroporto de San Diego, que fica ao sul da estação aeronaval onde foi gravado o primeiro filme da franquia Top Gun.

Lá embarcarão 110 colombianos deportados, que, segundo a chancelaria colombiana, voarão “seguindo os protocolos estabelecidos para um retorno digno e com garantia de direitos aos cidadãos que chegam em voos de deportação. A bordo estão funcionários da Migração Colômbia, equipe de coordenação de assistência a compatriotas do Ministério das Relações Exteriores, além de pessoal médico. Isso com o objetivo de garantir o respeito aos direitos dos cidadãos e realizar monitoramento médico, caso seja necessário. Espera-se que, nos próximos dias, outro avião saia com o mesmo objetivo“.

Por
Carlos Martins

Divulgação – FAC