O filme “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, tem feito história na temporada de prêmios do cinema neste início de ano. A grande e até certo ponto surpreendente vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro, demonstrou a força que o filme têm conquistado no cenário internacional, além de um aumento considerável do interesse por parte de público e crítica para assistir o filme, inclusive tendo voltado as salas de cinema por todo o Brasil, sempre com filas enormes em todas as sessões.
Apesar da ausência de Fernanda Torres em premiações importantes, como o Bafta e o SAG Awards, o adiamento da lista de indicados para o Oscar, devido aos incêndios na Califórnia, permite um tempo maior para as avaliações dos especialistas e votantes da academia(que não são os mesmos em todas as premiações), o que aumenta a possibilidade da atriz repetir o feito da mãe, Fernanda Montenegro que foi indicada ao Oscar em 1999, por Central do Brasil, também de Walter Salles, perdendo para Gwyneth Paltrow, do filme “Shakespeare Apaixonado”.
Já sobre o filme em si, é praticamente certa a indicação na categoria melhor filme estrangeiro, para disputar contra o longa francês Emília Pérez, considerado o favorito na disputa. Além disso, o mesmo ganha força em outras categorias, como melhor roteiro adaptado, por ser uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, lançado na década de 80, e que foi um “best seller”.
Depois dos adiamentos já citados, a espera pelas indicações ficou para o dia 23 de janeiro, daqui a exatamente uma semana. Até lá, muita coisa ainda pode acontecer.
Por: Jornal Passaporte
Foto: Divulgação Globoplay
Ainda estou aqui: Adiamento das indicações ao Oscar fortalece o filme na disputa?
