De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), há 85% de chance de uma temporada de furacões “acima do normal”. Neste cenário, a expectativa é que sejam registradas entre 17 a 25 tempestades com ventos de pelo menos 39 quilômetros por hora, além de oito a 13 furacões.
O mais alertamente é a previsão de quatro a sete grandes furacões, com capacidade de destruição expressiva.
Para efeito de comparação, houve uma média de 14,4 tempestades, 7,2 furacões e 3,2 grandes furacões por temporada entre 1991 e 2020.
Alerta foi emitido para que populações estejam preparada para grandes furacões.
Especialistas explicam que o El Niño, fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico na sua porção equatorial, costuma prejudicar a formação de furacões. No entanto, ele está perdendo força e deve desaparecer nos próximos meses.
O fim do El Niño dará lugar ao seu oposto: o La Niña. Este fenômeno provoca a diminuição da temperatura da superfície das águas do oceano, o que fortalece a ocorrência de grandes tempestades e, consequentemente, a possibilidade de furacões.
As mudanças climáticas também têm seu papel. Pesquisadores destacam que os furacões ficaram mais intensos com o aquecimento das temperaturas médias do planeta. Isso ocorre porque as tempestades “tiram” força da energia térmica na superfície do mar. E num cenário no qual as temperaturas das águas bateram recordes históricos, isso não é nada positivo.
Essas altas temperaturas também permitem que as tempestades se intensifiquem rapidamente, o que dá menos tempo para se preparar para seu impacto. É por isso que as autoridades dos Estados Unidos fizeram um alerta para que a população esteja preparada para situações adversas.
Imagem: Reprodução/LOAA