O Paysandu se sagrou Campeão Paraense de Futebol Profissional de 2024 na noite de hoje, depois de empatar com o Clube do Remo em 1 a 1 no Estádio Olímpico do Pará Jornalista Edgar Augusto, o Mangueirão. No jogo de ida, domingo passado, dia 07, o Bicola venceu o Leão Azul por 2 a 0. Por isso, hoje, entrou no gramado com a vantagem de poder perder por até 1 a 0. Entretanto, o Papão saiu na frente com um gol de Nícolas, agora, artilheiro paraense com 11 gols marcados no campeonato estadual. O Remo veio a reagir no segundo tempo, mas não deu certo a tentativa de recuperar o controle da situação.
E antes do jogo deste domingo ocorreu muita confusão no resultado do Parazão. Depois do jogo na semana passada, o Clube do Remo foi ao tapetão e conseguiu uma liminar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva – STD. Por causa do pedido inicialmente acatado, o primeiro jogo da final do campeonato não foi homologado. Entrou em ação a Federação Paraense de Futebol – FPF, segundo a qual, o vencedor de hoje seria condecorado campeão e receberia o prêmio independente do resultado na justiça desportiva. A situação, entretanto, foi contornada quando o órgão superior derrubou a liminar e validou o primeiro RE-PA da final do campeonato.
Agora, o Paysandu é o campeão e o Remo, vice-campeão. No placar agregado, o Paysandu ganhou o Remo por 3 a 1 englobando, lógico, os dois gols e fazendo a Fiel muito feliz pela conquista de mais um título para o Bicola, chamado de “o maior campeão da Amazônia”.
O JOGO
Com o mesmo o desempenho do início do jogo passado, o Clube do Remo começou a partida com ampla vantagem, lançando inúmeros ataques, sobretudo pelo corredor esquerdo, com Ronald abusando da velocidade para cima da defesa bicolor. O elo final das jogadas recaia no centroavante Ribamar, que se tornou o apêndice do time, tamanha a capacidade de desperdício. Foram pelo menos quatro oportunidades no primeiro tempo, onde o camisa nove conseguiu, no máximo, despertar a ira dos remistas.
Aos 22, Ronald serviu o companheiro em cruzamento rasteiro na grande área, mas o centroavante finalizou para fora. A falta de sintonia do atleta acabou custando caro ao trabalho do treinador azulino, que tirou Ribamar de campo aos 37 do primeiro tempo, para o lugar de Ytalo. O atleta deixou o campo sob uma chuva de vaias, enquanto o adversário crescia no jogo e dava trabalho para a zaga azulina.
Já o Paysandu se manteve atento às oportunidades, jogando preferencialmente no erro adversário, com maior presença dos atacantes. Jean Dias foi bastante acionado e, na medida do possível abasteceu os companheiros. Ao 37, o atacante avançou pela esquerda e rolou para Robinho, que deu a bola para Edinho e, este, por sua vez, finalizou sem êxito.
FASE COMPLEMENTAR
As duas equipes vieram sem mudanças depois do intervalo e, novamente, o Remo tomando a iniciativa sem sucesso. Logo aos dois minutos, Ronald desceu até a linha de fundo e cruzou a bola, desta vez para Sillas, que chutou para fora. Os primeiros lances, no entanto, mostraram um segundo tempo mais equilibrado, até a entrada de Edinho na grande área, sendo puxado por Ícaro. O árbitro assinou a penalidade e expulsou o zagueiro remista. Nicolas correu para a bola e bateu no ângulo direito de Rangel, abrindo o marcador.
Apesar do placar, o Remo se manteve vivo em campo e conseguiu empatar a partida com Ronald, aos 16, em um belo chute alto na grande área. A partir dos 20, a partida ficou mais truncada, com alguns cartões amarelos distribuídos, incluindo para a dupla de ataque bicolor. Aos poucos as duas equipes foram mudando peças para chegar com fôlego à reta final. No lado bicolor, Gabriel Bispo, Netinho e Ruan Ribeiro substituíram João Vieira, Edinho e Jean Dias, respectivamente. Na reta final da partida, o Remo ainda perdeu Ytalo, que sentiou dores e saiu de campo, deixando o Remo com dois a menos em campo.
O árbitro Paulo Cesar Zanovelli deu seis minutos de acréscimos, tempo suficiente para a torcida bicolor engolir o estádio com cânticos que exaltam a supremacia bicolor. Em campo, os jogadores seguravam a partida trocando passes no campo de defesa, contando os segundos para o apito final. Como num enredo programado, o Paysandu foi contando os minutos, até que, aos 51, se consagrou Campeão Paraense.
Ficha técnica
Data: 14/04/2024
Hora: 17h4
Local: Estádio Mangueirão
Paysandu
Matheus Nogueira; Edilson, Wanderson, Carlão e Bryan Borges (Kevyn); João Vieira (Gabriel Bispo), Val Soares e Robinho (Netinho); Edinho, Jean Dias (Ruan Ribeiro) e Nicolas
Técnico: Hélio dos Anjos
Remo
Marcelo Rangel; Thalys, Bruno Bispo (Ligger), Ícaro, Raimar (Marco Antônio); Jaderson, Pavani, Sillas (Kanu); Kelvin (Jonílson), Ronald e Ribamar (Ytalo)
Técnico: Gustavo Morínigo
Arbitragem
Paulo Cesar Zanovelli (FIFA-MG)
Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis (FIFA-SP) e Guilherme Dias Camilo (FIFA-MG)
VAR: Marco Aurélio Augusto Fazekas Ferreiras (CBF-MG)
Assistentes do VAR: Marcus Vinicius Gomes (CBF-MG) e José Mendonça da Silva Junior (CBF-PR)
Fotos: Jorge Luís Totti/Paysandu