Nova vacina contra Alzheimer promete transformar vidas, revelam cientistas

Uma promissora descoberta no campo do Alzheimer pode estar à vista, conforme cientistas britânicos anunciam o início dos testes de uma nova vacina que poderia ter um impacto transformador nas vidas dos afetados. Esta vacina, atualmente em fase de ensaio clínico, oferece esperança para pessoas nos estágios iniciais da doença, potencialmente disponível dentro de cinco anos. Seu objetivo é eliminar proteínas tóxicas do cérebro antes que causem danos significativos.

Os cientistas acreditam que, se bem-sucedida, essa vacina poderia não apenas aliviar o sofrimento das pessoas atualmente afetadas pelo Alzheimer, mas também prevenir que futuras gerações sejam impactadas por essa forma debilitante de demência, que afeta cerca de 540.000 pessoas apenas no Reino Unido.

Indivíduos envolvidos nos testes da fase dois relatam resultados promissores, com um ex-policial sênior mencionando uma transformação em sua qualidade de vida após receber apenas três doses da vacina.

Essa possível inovação tem sido saudada como um possível “milagre” por figuras públicas como a atriz Ruthie Henshall, cuja própria família foi afetada pela doença. Ela enfatiza a importância de uma solução eficaz, dada a crescente prevalência do Alzheimer em uma população que está vivendo cada vez mais.

Os testes estão sendo conduzidos em diversos centros de pesquisa em todo o Reino Unido, com apoio do governo e instituições renomadas como as universidades de Oxford e Cambridge. Os resultados preliminares serão apresentados em uma conferência em julho, nos EUA, onde especialistas compartilharão os impactos observados nas imagens de exames cerebrais.

A vacina, conhecida como ACI-24, funciona estimulando o sistema imunológico para direcionar e eliminar as proteínas amiloides tóxicas do cérebro, conhecidas por desencadear a degeneração associada ao Alzheimer.

Essa nova abordagem representa uma esperança real para uma população global afetada por uma doença devastadora, oferecendo a possibilidade de alívio para milhões de pacientes e seus familiares, como destaca a Dra. Andrea Pfeifer, CEO da AC Immune, a empresa por trás dessa promissora terapia.

 

DADOS DA DOENÇA

No Brasil: Estimativa atual: 1,2 milhão de pessoas vivem com Alzheimer.

Novos casos por ano: 100 mil.

Previsão para 2050: 3 milhões de pessoas.

Custo anual: R$ 120 bilhões.

Perfil dos pacientes: Mais comum em mulheres (60%). Idade média de diagnóstico: 75 anos.

Fatores de risco: Idade, genética, histórico familiar, tabagismo, sedentarismo, obesidade, diabetes e hipertensão.

Sintomas: Perda de memória recente, desorientação, dificuldade em realizar tarefas cotidianas, alterações de comportamento e humor.

Diagnóstico: Exame físico, avaliação cognitiva, exames de imagem e laboratoriais.

Tratamento: Não há cura, mas existem medicamentos que podem retardar a progressão da doença e aliviar os sintomas.

No Mundo: Estimativa atual: 50 milhões de pessoas vivem com Alzheimer.

Previsão para 2030: 74,7 milhões de pessoas.

Previsão para 2050: 131,5 milhões de pessoas.

Maiores impactos: Países com maior envelhecimento populacional.

Desafios: Falta de investimento em pesquisa e desenvolvimento de novos tratamentos, acesso desigual ao diagnóstico e tratamento, impacto social e econômico da doença.

Organizações de apoio:

Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz): https://www.tiktok.com/@abrazkhan91?lang=en

Federação Internacional de Alzheimer (ADI): https://www.adiglobaldistribution.us/

Informações adicionais:

Mês Mundial do Alzheimer: Setembro.

Dia Mundial do Alzheimer: 21 de setembro.Por André Mendes

 

Imagem: Divugação