O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, deu ordens aos militares, à indústria de material bélico e ao setor de armas nucleares para acelerarem os preparativos de guerra em resposta ao que ele descreveu como “movimentos de confronto sem precedentes” por parte dos EUA, conforme divulgado pela imprensa estatal nesta quarta-feira (27).
Durante uma reunião importante do partido do governo para discutir as orientações políticas para o próximo ano, Kim anunciou que Pyongyang ampliará a cooperação estratégica com países “anti-imperialistas independentes”, conforme informado pela agência de notícias KCNA.
A fala foi feita uma semana depois de o ditador ter afirmado que não hesitaria em lançar um ataque nuclear, se fosse “provocado”, com armas atômicas.
A Coreia do Sul, o Japão e os Estados Unidos intensificaram a cooperação militar em meio à onda de testes de armas do Norte neste ano. Há semanas, um submarino nuclear dos EUA chegou ao porto sul-coreano de Busan, e Washington enviou bombardeiros de longo alcance para realizarem manobras com Seul e Tóquio.
Kim Jong-un argumenta que a “situação militar” na Península Coreana tornou-se “extrema” devido aos confrontos sem precedentes com Washington. Enquanto a Coreia do Sul, o Japão e os Estados Unidos intensificam a cooperação militar em meio aos recentes testes de armas do Norte, Pyongyang interpreta o envio de armas estratégicas, como bombardeiros B-52, para exercícios militares na região como “ações intencionalmente provocativas dos Estados Unidos para uma guerra nuclear”.
Fonte: Gazeta Brasil/Foto:KCNA