Múcio: Brasil não permitirá que Venezuela use seu território para invadir a Guiana

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, declarou nesta segunda-feira (11) que o Brasil não permitirá o uso do território brasileiro para uma possível invasão da Guiana pela Venezuela. O ministro afirmou que a única maneira das forças de Nicolás Maduro, presidente venezuelano, alcançarem Essequibo seria pelo mar, sem a necessidade de passar por Roraima.

Segundo o ministro da Defesa, as Forças Armadas não permitirão que a Venezuela invada a Guiana passando pelo território brasileiro. Ele destacou que “eles só chegariam à Guiana passando, se passassem, pelo território brasileiro, e nós não vamos permitir em hipótese alguma”.

Múcio mencionou que outra possibilidade avaliada seria uma invasão marítima, mas a geografia densa da região de Guiana Essequiba dificultaria essa estratégia.

“O Brasil não vai se envolver em hipótese nenhuma, o presidente está consciente disso, nós já reforçamos, já era ideia nossa reforçar Roraima porque Roraima tem problemas dos índios, garimpeiro, problema de droga, problema de todo mundo. Então, nós estamos precisando reforçar a nossa frente de Roraima”, disse o ministro.

O Exército enviou 20 blindados para Roraima após Nicolás Maduro anunciar o resultado do plebiscito que chancela a anexação de um terço do território da Guiana pela Venezuela.

Um encontro entre Maduro e o presidente guianense, Irfaan Ali, na ilha caribenha de São Vicente e Granadinas, foi marcado após um telefonema de Lula para o ditador venezuelano. O encontro ocorrerá na próxima quinta-feira (14).

A Venezuela afirma que a região de Essequibo, na Guiana, pertence originalmente a ela. O trecho de terra de 160 quilômetros quadrados corresponde a cerca de 70% de toda a Guiana e atravessa seis dos dez estados do país.

No começo de dezembro, a ditadura de Maduro realizou um referendo sobre a criação de um estado na região, o que ampliou o temor de um conflito armado na fronteira com o Brasil.

FONTE: terrabrasilnoticias.com/Foto: Valter Campanato/Agência Brasil