Cristãos usam educação e amor para responder perseguição

Seguir a Jesus na Etiópia é uma tarefa árdua, pois em algumas comunidades a perseguição acontece tanto por parte de muçulmanos radicais, como de membros de igrejas históricas, como a Ortodoxa. A hostilidade também atinge as crianças, que muitas vezes não entendem a decisão dos pais de seguir a Jesus. O pastor Yohannes*, que cuida de uma igreja, testemunha que os cristãos sofrem ameaças após se converterem.

– Quando uma pessoa se converte a Jesus Cristo, há intimidação e ameaças de morte. Os perseguidores colocam pedaços de papel em nossa porta, dizendo: “Se você não renunciar a esse Deus, nós o mataremos em três ou quatro dias” – relata.

O líder religioso também testemunha que, em algumas ocasiões, alguns cristãos foram atingidos e feridos por pedras.

– Durante nossos cultos de domingo, pessoas que seguem uma religião diferente atiravam pedras na igreja – lembrou.

UMA PONTE DE AMOR
Entretanto, em vez de revidar os ataques dos vizinhos, os cristãos locais são incentivados a agir biblicamente diante da perseguição. Em conjunto com a organização Portas Abertas, a igreja local foi incentivada a desenvolver um projeto que serviria de ponte entre os cristãos e a comunidade local. A ideia foi abrir uma escola, tanto para receber filhos de cristãos, como de muçulmanos.

Com essa iniciativa, as crianças cristãs, que eram perseguidas nas escolas públicas, poderiam ter segurança e aprender livremente os conteúdos apropriados para cada idade. Além disso, pessoas da comunidade foram empregadas na escola e passaram a conviver com os seguidores de Jesus diariamente.

– A escola é uma plataforma para mostrarmos que Jesus é o salvador. Os pais das crianças e os funcionários têm uma boa impressão de nós e da igreja. Espero que um dia eles se juntem a nós como filhos de Deus, isso me deixa feliz – explica Ermias Tadesse*, cristão e pai dos gêmeos Fasil* e Ezana*, que são alunos da escola.

O pastor Yohannes ressalta a importância da escola como uma ferramenta para que a percepção dos cidadãos locais sobre os cristãos comece a se modificar.

– A comunidade começou a reconhecer nossa escola e o ódio contra nós foi mudando aos poucos. Além disso, eles gostaram do fato de estarmos oferecendo educação gratuita para aqueles que não podiam pagar pela educação dos filhos. Isso mudou o ódio que eles tinham por nós; começaram a gostar de nós – completa.

IGREJAS RELEVANTES
Cristãos na Etiópia enfrentam a perseguição desde pequenos, mas têm aprendido a responder em amor. Com uma doação, é possível fornecer recursos a igrejas para criarem projetos comunitários, como escolas, que abençoam os cristãos e transformam a comunidade.

Para contribuir, acesse: www.portasabertas.org.br/doe.

*Nomes alterados por segurança.

Fonte: Pleno News/ Foto: Portas Abertas