Responsável por cerca de 36% do valor das passagens aéreas, preço do QAV pode prejudicar o turismo em especial na alta temporada.
Os ministros do Turismo, Celso Sabino, e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reuniram na noite desta segunda-feira (20.11), com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para tratar da redução do preço do QAV (querosene da aviação civil). Segundo levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o preço do combustível é responsável por cerca de 36,6% do preço dos bilhetes aéreos no país no primeiro semestre.
“Nos preocupa o fato de que o preço do combustível pode atrapalhar o bom momento que vive o turismo brasileiro, em especial na alta temporada que começa em novembro. A reunião de hoje é mais um ação do governo federal para tratar dessa questão que é um gargalo para toda a nossa atividade”, comentou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Na ocasião, Silveira recebeu às contribuições, ressaltando a importância do trabalho conjunto entre os ministérios e reiterou que vem trabalhando para garantir menores preços do QAV, óleo diesel e gasolina.
De acordo com Costa Filho, a alta no preço do combustível tem prejudicado fortemente no crescimento da aviação civil e do turismo nacional. Enquanto no Brasil o impacto do QAV nas passagens é de quase 40%, no restante do mundo ele representa entre 18% a 22% no preço médio das passagens aéreas.
No Brasil, a Petrobras detém, atualmente, 93% da produção nacional de QAV, sendo o único importador do país. Apesar dos dados, a estatal estaria praticando 13% acima do preço de paridade internacional, com preço por litro 0,49 centavos acima do Preço de Paridade de Importação (PPI).
Por Lívia Nascimento/MTur
Foto: Roberto Castro