Chocolate e cacau do Pará estarão representados no Festival Internacional em São Paulo

Uma comitiva composta por 22 produtores de diferentes regiões de integração do Estado participará, no período de 30 de novembro a 3 de dezembro, da 34ª edição do Chocolat Festival de São Paulo. A programação será realizada no Centro de Eventos São Luís, na Rua Luís Coelho, ao lado da Avenida Paulista.

Na bagagem, os agricultores e empresários levarão o melhor do que é produzido e fabricado em terras paraenses. Este será o último festival internacional do ano. Desde o mês de abril, produtores e empresários locais puderam apresentar a um público diverso o fruto do seu trabalho.

A participação da comitiva paraense recebe apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap). Segundo informou o engenheiro agrônomo da secretaria, Ivaldo Santana, que coordena o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Cacauicultura (Procacau), a presença dos produtores recebe o aporte financeiro do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Estado do Pará (Funcacau), que é coordenado pela Sedap.

Esse fundo, como explicou Santana, é utilizado para atender as demandas da cadeia produtiva do cacau no Pará. “Nesse festival de São Paulo, os produtores pediram para ir de ônibus para poder levar bastante produto, nós disponibilizamos um ônibus bastante confortável e a gente arca com despesas de hospedagem e alimentação, o transporte dentro da cidade, o deslocamento para o hotel e vice versa além das visitas técnicas; tudo isso é de responsabilidade da Sedap e é arcada com recursos do Funcacau”, enumerou o coordenador do Procacau.

Além de amêndoas, que são o principal produto, os representantes paraenses levam para o festival derivados do cacau como chocolates, nibs, compotas, bombons, entre outros, para  comercialização no Estado considerado o maior mercado consumidor de cacau e de chocolate do Brasil, conforme frisou Ivaldo Santana. “O Festival de São Paulo aparece como um dos mais importantes eventos realizados este ano; estamos levando o maior número de produtores em um evento fora do nosso Estado”, completou Santana.

Atração-  Em todos os eventos nacionais e internacionais que receberam a comitiva paraense, como observou Ivaldo Santana, o estande do Estado sempre foi um dos mais visitados.

A qualificação da amêndoa apresentada nesses eventos, como destacou o engenheiro agrônomo, é fruto do trabalho de internacionalização desenvolvido pela Sedap. “O nosso cacau e chocolate têm atraído a atenção dentro e fora do Brasil porque  estamos executando esse projeto chamado de ‘internacionalização de amêndoas’ que visa principalmente, trabalhar junto aos produtores a melhoria da qualidade das suas amêndoas, com uma boa fermentação e secagem e essa amêndoa proporciona a fabricação de um bom chocolate”, salientou Santana.

A forma de plantio do cacau – em Sistemas Agroflorestais (Safs) – também é outro atrativo que desperta a atenção da amêndoa produzida em solo amazônico. “É um sistema que recupera áreas alteradas, que é tudo que o europeu gosta de ouvir; o Pará não desmata para plantar cacau e sim recupera as áreas anteriormente desmatadas para outro tipo de cultivo; o estande do Pará por onde passa, é bastante concorrido e procurado”, ressaltou Santana.

Expectativa –  Tomires Athayde é um dos produtores que participarão do Chocolat Festival de São Paulo. Junto com a esposa, Luciana Athayde, cultiva cacau no Sítio Agroecológico Tolú, no KM-02 da Rodovia PA-320, em Igarapé-Açu, no nordeste do Pará.

Como os colegas de ofício, ele está com boas expectativas com relação ao resultado da sua participação no evento. “As nossas perspectivas são as melhores possíveis, será nossa primeira participação e tem muita coisa acontecendo, estamos muito esperançosos de que tudo dará certo”, revelou o produtor.

Ele informou que na bagagem leva para o evento bombom regional e licor, além do chocolate orgânico de 70%, 60% e 50% e também licores de açaí e de genipapo. “Nossa barra tem apenas açúcar e cacau orgânicos,  compramos apenas o açúcar; produzimos amêndoas orgânica há cinco anos, mas só em julho deste ano iniciamos com a produção de chocolate em barra”, explica o produtor. Ele complementa: “Vamos encerrar o ano na feira de São Paulo com 200 quilos de chocolate vendidos e para 2024, nossa meta é comercializar 500 quilos de chocolate”, revelou o produtor.

Athayde informou que o momento é de muita expectativa não apenas para ele,mas também para a esposa Luciana, que também participará de uma programação promovida pelo Seabre em Brasília, para receber a premiação pelo primeiro lugar no Estado e na região Norte. Ela já venceu na categoria Produtora Rural etapa estadual do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios e agora vai concorrer na final nacional do prêmio, no próximo dia 05 de dezembro.

Fonte: Agência Pará/Foto: Divulgação